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8 de nov. de 2014

para além do cotidiano estéril de horrível fixidez

HURACAN

CAMBIAR DE IDIOMA POUR
PROVOQUER SYSTÉMATIQUEMENT
LE DELIRE
MANTRA DO DIA:

E é para além do mar a ansiada Ilha.
O poeta carrega um estandarte escrito:
SOU SEMPRE DOIDO.
CAMBIAR DE COR. água de la mar.
Yo cargo en mi corazón las imagenes del EDEN mi
alma incendida como un carbón cada toda manhã
sento na beira da lagoa e deixo o verde dos montes e
o reflexo do espelho se estampar em minha cara.
esta lagoa que trago dentro do peito. Hoguera.
minha alma = meu rosto.
Simples e calmo mas não alegre nem triste:
inexistente. não ME sinto: “sou” feixe de sentidos.
Todas as coisas depois de feitas compõem
um movimento insuficiente – tomar ar –
1 passo atrás 2 na frente 2 passos
atrás 1 na frente 1 passo atrás 2 na frente 2 passos
atrás 2 na frente – tomar ar – provocar
um movimento superior da minha alma.
Tomo os céus e despenco e torno a tomar
Evitar que minha cara minhas cartas meu
papo minha figura se transformem em
crítica maniqueísta de pessoas- situações:
“O reino da sorridência e o tema do traidor”.
Coragem é CAMBIAR de coração para
a alma não ter sede onde pausar:
ERRAR. errar e perseverar no erro. errar
e não perseverar no erro. NÃO ERRAR.
Descer aos infernos e tornar afiada a
fileira que desde o Rio das Contas venho
enfiando
TORNAR AOS CÉUS
TOMAR OS CÉUS DE ASSALTO
O céu retirado como livro que se enrola o céu retirado como livro que se enrola o céu retirado como livro que se enrola o céu retirado como livro que se enrola o céu retirado como livro que se enrola o céu retirado como livro que se enrola o céu retirado como livro que se enrola

TORNAR AOS CÉUS

TOMAR OS CÉUS DE ASSALTO



Waly Salomão, Me segura qu`eu vou dar um troço, 1972